A Apple está sendo processada novamente por vender iPhones com obsolescência programada devido ao episódio conhecido como BatteryGate, quando a empresa reduzia a velocidade dos celulares para preservar a saúde da bateria. Desta vez, o processo ocorre em Portugal, após ações semelhantes terem acontecido nos Estados Unidos, na Itália, na Bélgica e na Espanha.

iPhone 6s (Paulo Higa/Tecnoblog)

De acordo com o Marketeer, a entidade de proteção ao consumidor Deco Proteste esperou por uma resposta da Apple por três anos antes de entrar com o processo, mas não obteve sucesso. O órgão acusa a dona do iPhone de limitar o desempenho do iPhone 6, 6 Plus, 6s e 6s Plus de forma proposital, obrigando 115 mil usuários portugueses a trocarem de aparelho antes do tempo realmente necessário.

Em sua argumentação, a Deco Proteste afirma que a “A Apple manipulou deliberadamente, e sem informar aos seus usuários, o desempenho de seus dispositivos mais populares, o iPhone 6, 6 Plus, 6s e 6s Plus”, e que a empresa deveria pagar aos usuários afetados 10% do valor do celular – um total de 7 milhões de euros, ou 60 euros por telefone, em Portugal.

A entidade também lançou um vídeo com o objetivo de chamar mais usuários de iPhone para apoiarem a causa – a campanha tem o título “Algumas maçãs estragam-se antes do tempo”, e você pode conferir abaixo:

Apple já foi multada nos EUA e na Europa

Apesar de negar que suas intenções estariam ligadas à obsolescência programada e passar a permitir que usuários decidam se vão ou não limitar o desempenho de seus iPhones antigos, a Apple já foi processada diversas vezes por este caso nos últimos anos.

A ação movida em Portugal segue outros processos já encerrados em outros países, como os Estados Unidos e Itália. Em território norte-americano, a empresa teve que pagar US$ 113 milhões em um acordo; já o Tribunal Administrativo de Roma multou a companhia em 10 milhões de euros.

Com informações: 9To5Mac

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