Depois da invasão por apoiadores de Donald Trump ao Capitólio dos Estados Unidos na quarta-feira (6), o Google também anunciou medidas para combater fake news sobre a eleição americana. A empresa afirmou que vai antecipar a regra do YouTube que pode remover qualquer canal, incluindo o do presidente americano, que propagar desinformação.
Em comunicado no Twitter, o YouTube lembrou a mudança na política contra desinformação anunciada em dezembro. Ela determina que, além de terem os vídeos removidos, os canais receberão um strike se espalharem qualquer fake news sobre eleições, como alegações de que houve fraude na contagem de votos da disputa presidencial dos EUA em 2020.
O canal que for penalizado ficará temporariamente impedido de publicar novos vídeos ou realizar transmissões ao vivo. Caso receba três strikes em um período de 90 dias, o canal será excluído. A plataforma afirma que aplica políticas e penalidades de forma consistente, independentemente de quem publica o vídeo.
O YouTube afirma que a nova regra entraria em vigor somente após a posse do presidente eleito, Joe Biden, em 20 de janeiro. Segundo a plataforma, a nova política passará a valer antes do previsto “devido aos acontecimentos perturbadores que ocorreram ontem [quarta-feira], e dado que os resultados eleitorais já foram certificados”.
Ao informar a mudança, o YouTube indicou ainda que, desde dezembro, removeu milhares de vídeos com fake news sobre a eleição americana, incluindo alguns de Trump. O serviço retirou do ar na quarta-feira o vídeo do presidente americano sobre a invasão ao Capitólio, justamente por conta de alegações falsas a respeito da disputa eleitoral.
Twitter e Facebook agem contra fake news de Trump
As contas de Trump em outras redes sociais também foram penalizadas. O Twitter removeu três posts e bloqueou o republicano após identificar violação de sua política de integridade cívica. Um dos tweets removidos incluía um vídeo em que Trump mente ao dizer que teve uma vitória esmagadora e que a eleição foi roubada.
O Facebook e o Instagram bloquearam Trump por tempo indeterminado após identificarem violações em sua página — sua conta pessoal também foi bloqueada. Além disso, as redes sociais removeram conteúdos favoráveis à invasão ao Capitólio dos EUA por entender que eles “representam a promoção de atividades criminosas que violam nossas políticas”.