Terra-Média: Sombras da Guerra foi lançado no PS4, Xbox One e PC, continuando a aventura do patrulheiro Talion, ao lado do elfo Celebrimbor, em mais uma saga para derrotar as forças de Sauron. O jogo continua a fórmula de sucesso de “Sombras de Mordor”, mas aumenta a experiência para dar aos jogadores a chance de conhecer mais de seus personagens e vivenciar ação de primeira qualidade nas batalhas. Saiba o que achamos do game, na análise completa:
Como jogar Terra-Média Sombras da Guerra no celular
De volta aos portões de Mordor
Terra-Média: Sombras da Guerra continua exatamente de onde o jogo anterior, Sombras de Mordor, parou. Com o fim da Mão Negra de Sauron, Talion e Celebrimbor, que compartilham o mesmo corpo, continuam sua aliança para derrotar as forças das trevas e libertar a Terra-Média das garras do Senhor do Escuro. A tarefa, porém, não será nada fácil – como também vimos na trilogia de filmes e livros de O Senhor dos Anéis.
O poder de Sauron continua crescendo e Celebrimbor sabe que ele vai tomar todo o mundo, se não for impedido. Motivado a impedir este avanço, Talion tem a ideia de forjar um novo Anel do Poder, similar ao Um Anel, com poder em nível parecido, para finalizar sua jornada. Os dois vão até a Montanha da Perdição para realizar tal feito e saem de lá de posse do novo artefato.
Porém, para causar mais problemas, surge Laracna – sim, a mesma aranha lendária que aparece nos filmes –, aqui representada em uma bizarra forma humana. Ela separa Celebrimbor de Talion por um breve momento e toma seu Anel do Poder para si. A dupla, após ser reunida, sai do lar da monstruosidade com uma missão extra: recuperar seu poder perdido e continuar a missão pela derrocada de Sauron.
Tendo em vista que o primeiro game já é uma enorme “fanfic” situada no universo de O Senhor dos Anéis, é de se surpreender que esta continuação ainda tenha gerado história o suficiente para ser feita. Talvez por este motivo ela comece um pouco fraca ou sem grandes destaques. A impressão inicial é de que Terra-Média: Sombras da Guerra é quase que um pacote de expansão do jogo anterior, e não um game totalmente novo. Essa impressão, porém fica mais fraca ao conferirmos os novos sistemas de jogabilidade.
Talion e seu exército de Orcs
É certo dizer que Terra-Média: Sombras da Guerra melhora e expande tudo o que foi visto em Sombras de Mordor. O título mantém sua estrutura básica, que é a ação em terceira pessoa, com bastante pancadaria, além da exploração de mundo aberto. Não vai demorar para se sentir “perdido” no mapa, ainda que ele tenha sempre indicação para onde ir, mas é perdido em um bom sentido, se é que isso é possível.
Talion ainda se move de forma ágil – às vezes, até demais – e combate os inimigos com toda a as habilidade de espadachim, somando forças com os golpes espirituais de Celebrimbor, como o arco e flecha, entre outros poderes que são destravados com o tempo. A evolução do personagem esta muito mais simplificada, o que é um acerto enorme, considerando que o jogo é grande e distrai bastante o jogador em muitos aspectos. Quanto mais simplificado, e funcional, melhor.
Os Nêmesis estão de volta
Terra-Média: Sombras da Guerra também continua com seu bom e velho sistema de escolhas. Ao derrotar um orc de maneira furtiva o jogador tem a opção de eliminá-lo ou interrogá-lo antes. Na maioria dos casos isso vai nos levar a encontrar o alvo de uma missão ou receber a informação para abrir uma nova área do mapa.
É interessante notar que Terra-Média: Sombras da Guerra faz todo um esforço para te manter “dentro do jogo”, por mais que suas batalhas e exploração soem repetitivas. Afinal de contas, a Terra-Média mostrada no game não é das mais variadas em termos de cenário – e lidar com orcs ou goblins a todo o momento também pode ser desanimador após um tempo. Ainda assim, o jogo tem grandes pontos de destaque em seu desenvolvimento e, por ter uma jogabilidade bem caprichada, divertida, ele não fica cansativo quase nunca.
É claro que isso também só é possível graças ao seu sistema de Nêmesis, que retorna melhorado para Terra-Média: Sombras da Guerra. Agora os grandes chefões estão mais variados, com fraquezas, armas e tipos de armaduras que os deixam sempre como um desafio novo e sem precedentes. Além disso, é possível recrutá-los de forma muito mais natural, tornando-os parte de seu exército eficiente para invadir fortalezas.
Os exércitos de orcs também estão fazendo mais sentido – por mais que o conceito não faça tanto sentido, quando comparamos ao restante do universo de O Senhor dos Anéis, quase como que uma licença poética bem forte. Porém, os combates são maiores e eles são necessários. Invadir uma fortaleza com seus monstros, para combater outros, é tão divertido quanto recrutá-los ao longo da aventura.
Liberdade, liberdade
Terra-Média: Sombras da Guerra também te dá grande liberdade. O chamado “endgame”, ou seja, conteúdo que aparece apenas quando você termina a aventura principal, é bem vasto. O jogo te dá muitas missões extras para serem completadas, além de modos online que, apesar de não serem tão interessantes, são criativos – como as conquistas de exércitos adicionais ou multiplayer indireto entre jogadores.
Sombras da Guerra chega a ser cansativo de tanto conteúdo. É um jogo que, apesar de estar nos padrões de preço atuais para games de lançamento, compensa muito o valor investindo, dada sua imensidão. Não há um minuto sequer para ficar parado no mesmo lugar ou em uma mesma região da Terra-Média por aqui.
Visual não impressiona
Apesar de todas as qualidades da jogabilidade, o visual de Terra-Média: Sombras da Guerra não é grande coisa. Os personagens têm poucos detalhes nos rostos, sem falar no visual genérico, e os cabelos estão super estranhos, principalmente seus movimentos. Os orcs, por outro lado, conseguem ser mais “carismáticos”, por mais absurdo que isso possa parecer.
O restante do game, porém, segue o esquema dos personagens humanos. O visual é pouco inspirado fora das CGs, e os cenários sempre parecem com uma ambientação medieval genérica, tirando alguns pontos mais famosos da Terra-Média. Isso é uma pena, pois sabemos que é uma ambientação incrivelmente variada e com bastante beleza para ser reproduzida, ao menos foi o que vimos nos filmes de Peter Jackson.
Conclusão
Sombras da Guerra mostra que O Senhor dos Anéis ainda continua interessante e relevante, e isso é um grande mérito do jogo, principalmente em tempos onde outras obras de temática medieval ganharam mais destaque. Manter a saga “viva”, para continuar apresentando-a a novos públicos, é um objetivo que o game de PS4, Xbox One e PC cumpre bem. Apesar de ter gráficos e história bem fracos, o game compensa com jogabilidade divertida e, no final, essa experiência é o que conta mais em seu favor.
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