Review Outlast 2

Outlast foi um dos jogos responsáveis pela popularização do gênero de terror em primeira pessoa, com um protagonista indefeso e que precisa enfrentar situações assustadoras. O gênero evoluiu e, com Outlast 2, os desenvolvedores pretendem levar a experiência a um novo nível de terror e tensão. Confira o review completo de Outlast 2.

Dicas para jogar o game Outlast 2 para PS4, Xbox One e PC

Violento como poucos jogos

Com o lançamento de Resident Evil 7, muitos acreditaram que o gênero de terror em primeira pessoa havia alcançado o ápice, já que Silent Hills foi cancelado e a maioria dos jogos acabaram repetindo fórmulas passadas. Com Outlast 2, é possível dizer que o horror evoluiu além dos esperados sustos e causou uma sensação horrível até mesmo para os veteranos da série.

Assista aos primeiros minutos de Outlast 2:

Em Outlast 2, você controla Blake Langermann, um cinegrafista que, junto da esposa repórter, vai até o Arizona, nos Estados Unidos, para cobrir o suposto assassinato de uma jovem. Um acidente o isola da mulher e encontrá-la se torna sua missão principal.

Entretanto, o local é povoado por uma seita satanista, com direito a sacrifícios por todo lado. E é aqui que temos um dos maiores trunfos de Outlast 2.

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O jogo consegue criar um clima tão tenso, seja com cartas que você encontra, cenário, acontecimentos dignos de desligar tudo e dar um tempo, que você fica atento a cada dez passos feitos.

Outlast 2 não suaviza sua história. Se você pensa que algo pode acontecer, provavelmente vai e você terá tudo mostrado à sua frente. O game é extremamente violento, aborda termos adultos, como sexualidade e religião, mesmo que isso pareça um convite para jogadores mais novos, ele não poderia ser jogado por pessoas mais novas. Até mesmo adultos vão ficar perturbados com alguns acontecimentos da campanha.

Gráficos e som para deixar o jogador tenso

Quando o primeiro Outlast foi lançado, apesar de bons gráficos e sonoplastia, o título ainda era bem próximo do nível de outros games do gênero, ou seja, ainda pareciam produções baratas e pouco caprichadas. Em Outlast 2, porém, tudo está mais refinado.

Os gráficos do jogo também estão mais detalhados, com cenários e personagens com qualidades impressionantes. A sonoplastia de Outlast 2 é impecável e um dos melhores pontos do game, já que ouvir sussurros no meio do mato, barulho de galhos quebrando a cada passo e gritos distantes só aumentam a tensão da cena, fazendo com que você tenha medo de se mover com Blake.

Um gameplay válido, mas sem novidades

Assim como o primeiro game, Outlast 2 não oferece nenhuma forma de ataque para o seu personagem se defender dos perigos que surgem a qualquer momento. Você conta com uma câmera que pode mostrar uma visão noturna, para que você consiga enxergar no escuro, e um microfone que ajuda (pouco) a localizar inimigos através das paredes.

Cada vez que você usa essas vantagens, a bateria da câmera é sugada rapidamente, e faz com que você procure por pilhas pelo cenário. Isso já deixa o game tenso, mas a possibilidade de utilizar a visão noturna mesmo sem baterias ajuda um pouco.

O problema com a jogabilidade de Outlast 2 está no fato que os momentos de ação, em que você precisa fugir dos inimigos que o perseguem, é que tudo ainda é muito roteirizado. Não existem encontros aleatórios e, dependendo do que você faz, acaba se tornando um sistema de tentativa e erro, algo que pode irritar o jogador ao longo da campanha.

Mesmo assim, como no primeiro game, essa impotência frente aos perigos que o cercam o torna um elemento que aumenta a tensão da campanha.

Conclusão

Outlast 2 é um excelente jogo de terror que talvez não seja apropriado indicar. Ele é extremamente violento em um nível que pouquíssimos jogos conseguiram alcançar. Vendo de maneira técnica, ele traz gráficos bem feitos, um trabalho de som impecável e uma jogabilidade que ajuda a montar o clima tenso do game. Realmente indispensável para aqueles que buscam uma experiência perturbadora em um jogo de videogame.

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