Hoje foi o dia do leilão de sobras da Anatel, onde as operadoras podem comprar direitos de utilização de frequências que sobraram de leilões anteriores. Cada dia caminhando para se tornar uma operadora maior, a Nextel arrematou por R$ 455 milhões a fatia de 1,8 GHz para a região do DDD 11 e deve utilizar a frequência para criar sua rede 4G na região metropolitana de São Paulo.
Não houve muita disputa por esse lote: a Nextel era a única operadora autorizada a dar lances para tal licença. O bloco de frequências é de 15 MHz + 15 MHz, grande o suficiente pra prestar serviço 4G — algumas operadoras operam apenas com 10 + 10 MHz em diversas localidades. O valor pago de R$ 455 milhões foi pouco acima do valor mínimo estipulado pela Anatel, que era de R$ 449,8 milhões.
A Nextel já havia tentado comprar esse lote anteriormente, que era utilizado pela falida Aeiou. A Anatel cassou as outorgas da Aeiou pelo fato de que a operadora, controlada pelo grupo Unicel, não tinha mais direito de utilização da frequência. A Nextel já possui operação em rede 4G, mas restrita apenas para a capital do Rio de Janeiro.
Outra operadora que se deu bem foi a Vivo. A operadora passa a ter mais 10 MHz + 10 MHz de espectro na frequência de 2,5 GHz para o DDD 11 e assim aumenta a capacidade de rede 4G na região metropolitana de São Paulo. O valor do negócio foi de R$ 110,25 milhões, sendo que o valor inicial de disputa era R$ 73,7 milhões. Pode-se dizer que foi o bloco mais disputado do leilão: Claro e TIM também estavam na negociação, mas desistiram após o lance da Vivo.
Com informações: Convergência Digital