Não é de hoje que o Google vem investindo em informações de saúde. Mas os dados sempre eram para doenças específicas, que depois mostravam os sintomas. Com esse novo recurso, o buscador fez o contrário: um paciente que procurar por sintomas no Google poderá se deparar com uma lista de doenças que ele pode ter.

Se você procurar por “dor em um lado da cabeça”, por exemplo, o Google mostrará as condições relacionadas, como dor de cabeça (óbvio), gripe, sinusite, enxaqueca, cefaleia de tensão (ou dor de cabeça vulgar) ou cefaleia em salvas (ou dor de cabeça suicida, por causa da vontade de morrer). Espero que essa última não deixe as pessoas preocupadas.

Segundo o buscador, essa ferramenta visa reduzir a ansiedade do usuário que acordou com uma dor de cabeça que não passa de jeito nenhum e quer saber se ele precisa procurar um médico. Em vez de procurar em fóruns de medicina com termos que ninguém conhece, o Google pretende entregar uma lista de doenças compatíveis com os sintomas mais comuns para, de acordo com a gravidade, incentivar uma consulta a um médico.

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Para levantar esses dados, o Google analisou quais são os sintomas mais procurados e se reuniu com uma equipe de médicos da faculdade de medicina de Harvard (HMS) e da Clínica Mayo, um dos principais hospitais dos Estados Unidos. Eles enfatizam que a busca de sintomas no Google é apenas informacional, então é fundamental que você consulte um médico antes de fazer qualquer coisa.

Quando o buscador anunciou a parceria com o Hospital Israelita Albert Einstein aqui no Brasil, muitos médicos disseram que a medida era positiva para o usuário comum. Mas Marcos Knobel, cardiologista no hospital, lembrou que nada substitui a consulta médica. É papel do especialista “processar e validar essa informação que o paciente vai procurar na internet”.

Hoje em dia, o número de pesquisas por sintomas no Google já compõe 1% das pesquisas diárias (o que, ainda assim, resulta em milhões de pesquisas) e mostra por que o buscador investe nesse segmento. Por enquanto, a ferramenta só está disponível em inglês e para usuários dos Estados Unidos. “Ao longo do tempo”, a empresa planeja lançá-la em outros idiomas.

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