No início de 2014, o pessoal do GitHub lançou um editor de código que caiu nas graças de muitos desenvolvedores. De lá para cá, o Atom, como é chamado, acumulou mais de 150 atualizações. É muita coisa, mas os esforços valeram apena: nesta quinta-feira (25), o editor chegou à versão 1.0 trazendo estabilidade e numerosos recursos.

A história do Atom começou em 2008 como um trabalho paralelo de Chris Wanstrath, fundador do GitHub. Seu plano era criar um editor tão versátil e customizável quanto o Emacs (e, provavelmente, mais intuitivo que este). O projeto recebeu o nome de Atomicity, mas ficou paralisado por um bom tempo para que Wanstrath pudesse se dedicar ao GitHub.

No segundo semestre de 2011, o editor de código Ace, feito em JavaScript, foi incorporado ao GitHub. A ferramenta reacendeu o interesse de Chris Wanstrath pelo assunto e, assim, o desenvolvimento do Atomicity foi retomado (ainda que somente no tempo livre de Wanstrath e dos demais colaboradores).

Em novembro do mesmo ano, o editor tornou-se um projeto oficial no GitHub e recebeu o atual nome, Atom. Em fevereiro de 2014, a primeira versão pública foi lançada. A aceitação foi grande nos meses seguintes, mesmo com editores como Sublime, TextMate (para OS X) e Notepad++ (para Windows) se destacando. Desde então, foram mais de 1,3 milhão de downloads e diversas melhorias implementadas com o apoio da comunidade — o Atom é um editor de código-fonte aberto.

Atom - timeline

A versão 1.0 não só representa um marco comemorativo como traz o resultado de toda essa colaboração: o editor ficou mais rápido e estável, ganhou uma API renovada que facilita ainda mais a criação de extensões, tem vasta documentação e por aí vai.

Nos recursos, o Atom 1.0 oferece guias de visualização, função de autocompletar, diversas opções de customização, atalhos de teclados, ferramentas para identificação de bugs, mais de 2 mil complementos (packages), 660 temas, entre outros.