A gigante japonesa dos videogames, a Nintendo, sempre foi sinônimo de consoles e jogos de alta qualidade. O mascote da empresa e protagonista de diversos jogos, Mario, chega a ser mais reconhecido que personagens como Mickey Mouse em pesquisas e censos ao redor do mundo. Dessa forma, o lançamento do console Nintendo Switch, híbrido entre portátil e videogame de mesa, era garantia de sucesso imediato.

No entanto, o público brasileiro, assim como de outros países latinos, se viu em uma situação complicada. A empresa decidiu não vender seus produtos oficialmente em território nacional, citando custos de importação e impostos, além da pirataria, como principais motivadores. A consequência é que, para jogar no Brasil, o público precisava comprar consoles importados no mercado paralelo, ou seja, o produto não possuía garantia contra defeitos, tradução para o português, ou até mesmo suporte oficial.

Mas isso finalmente mudou, e hoje vivemos outra realidade, com a Nintendo de volta ao Brasil! Após experimentos com o Nintendo 3DS, portátil da geração passada, e novos acordos comerciais, a gigante Nintendo decidiu retornar suas vendas em território nacional, e passou a vender o Switch através de parceiros varejistas. Confira!

Vale notar que, embora o console seja vendido oficialmente e possua cada vez mais conteúdo em português, incluindo o app Nintendo Switch Online, os servidores para jogos multiplayer pela internet não estão localizados no Brasil, então pode ser necessário o investimento em uma VPN brasileira para garantir a performance durante a jogatina.

A desistência do mercado brasileiro

Nintendo Switch

Quando a empresa japonesa lançou seu primeiro grande console caseiro de sucesso, o Nintendo Entertainment System, conhecido como Nintendinho, o Brasil ainda sofria os efeitos do protecionismo no mercado de eletrônicos e, portanto, não havia venda oficial do produto.

A marca brasileira Playtronic, em acordo com a Nintendo, decidiu viabilizar a venda do console no Brasil, no entanto, as vendas foram reduzidas devido à grande quantidade de clones no mercado, que custavam significativamente menos, e a competição com o Sega MegaDrive, distribuído oficialmente pela Tec Toy.

Essa experiência no mercado brasileiro, além da grande proliferação de jogos piratas em plataformas futuras como o Nintendo Wii e Nintendo DS, fizeram com que a Nintendo abandonasse o mercado brasileiro. Empresas como a Microsoft absorveram custos e investiram em conteúdo nacional, como é o caso do Xbox 360 e Xbox One, porém, a gigante japonesa parecia não se interessar nas vendas brasileiras.

Já com o lançamento do Nintendo 3DS, testes de mercado foram realizados, com venda e fabricação parcial no Brasil, e acesso oficial à loja eShop para jogos digitais com cartão de crédito nacional.

A volta do Switch

No final do ano passado, finalmente, a empresa se pronunciou oficialmente no Twitter afirmando que retornaria suas atividades no Brasil. O site para vendas do Switch brasileiro já está disponível e traduzido, no entanto, apenas a versão tradicional está disponível, sem a presença oficial do Switch Lite, modelo atualizado para ser exclusivamente portátil.

A venda é realizada em conjunto com parceiros como as lojas Americanas e Submarino, que realizam o envio e controle de estoque, enquanto a Nintendo garante os serviços e suporte técnico aos consoles.

Além disso, traduções de software para português brasileiro estão a caminho. No entanto, usuários reclamam do grande catálogo de títulos oficiais que não estão disponíveis em nosso idioma, e no preço elevado do console quando comparado à concorrência direta da Sony, cujo novo lançamento do PS5 já tem 72% das vendas, e da Microsoft.

Com o retorno da Nintendo para o mercado nacional, podemos esperar um maior suporte e segurança ao comprar os videogames e jogos da marca, sem depender do mercado cinza e compras sem garantia ou possibilidade de reparos oficiais. No entanto, o cenário competitivo está mais acirrado, e o console não possui recursos presentes em seus concorrentes como acesso à Netflix e Spotify, serviços de grande volume de usuários no Brasil, essa necessidade poderia ser suprida por aparelhos como o Xiaomi Mi Stick.




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