Algumas das mais conhecidas universidades americanas têm comprado criptomoedas, em especial o bitcoin (BTC), com seus fundos de doações. As informações foram obtidas pelo CoinDesk, que ouviu fontes anônimas e checou contas mantidas na Coinbase e em outras exchanges que pertenceriam às instituições de ensino.

Universidade de Harvard (imagem: David Mark/Pixabay)

As universidades de Harvard, Yale, Brown, Michigan e potencialmente outras compraram criptomoedas diretamente de exchanges. Segundo as informações, parte de doações aos fundos vinculados às instituições acadêmicas estão sendo convertidos em criptomoedas no momento. Esse processo estaria acontecendo por mais de um ano.

Aplicações podem gerar polêmica

Não se trata de nenhuma atividade tecnicamente inadequada para esses fundos. Os montantes acumulados geralmente são arrecadados através de doações e de patrocínio às instituições acadêmicas. As universidades americanas aplicam parte desse dinheiro em ativos, mas essencialmente são destinados ao financiamento de pesquisas e a investimentos estruturais. A novidade está na aquisição institucional de criptomoedas.

O CoinDesk tentou entrar em contato com as universidades citadas. Yale e Brown não responderam aos pedidos de comentários. Harvard e a Universidade de Michigan se recusaram a responder às perguntas do portal. A exchange Coinbase também foi questionada sobre o assunto e se negou a comentar.

Se devidamente confirmada, a informação poderia gerar polêmica entre doadores e patrocinadores das universidades. No momento, criptoativos são alvos de opiniões polarizadas. Alguns acreditam que são uma enorme bolha especulativa. Enquanto outros veem uma grande oportunidade de investimento. O único fato estatístico é que esses ativos são de fato especulativos e por isso muito voláteis. Dessa maneira, apoiadores das instituições de ensino podem não aprovar o destino dado às contribuições.

Compra de criptomoedas ocorrem a mais de um ano

O relatório anual da Coinbase de 2020 faz menção a doações universitárias nas transações da corretora de criptomoedas, mas não cita nomes. De acordo com uma das fontes ouvidas, alguns dos fundos de universidades podem ter mantido contas na Coinbase por até 18 meses.

Outra fonte afirma: “Pode ser desde meados de 2019”, sobre quando se iniciaram os processos de compra de criptoativos. “A maioria (das aquisições) aconteceu a pelo menos um ano. Eu acho que eles provavelmente irão discutir isso publicamente em algum momento em 2021. Eu suspeito que já teriam bons volumes de retorno”.

Com informações: CoinDesk

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