Estamos em uma época do ano em que é bem provável que algumas pessoas estejam abrindo videogames novos dados de presente, para se divertir em breve com lançamentos como Marvel’s Spider-Man: Miles Morales ou Assassin’s Creed Valhalla. Isso se pensarmos em uma bolha bem específica.

PS5 e os novos Xbox Series X e Xbox Series S foram lançados no Brasil e no mundo. Por aqui estes consoles podem custar até R$ 4.700, mais que o quádruplo do atual salário mínimo no país, de R$ 1.045. Então, a pergunta que fica é: videogame novo para quem? Ainda que os consoles estejam esgotados na maioria das lojas e revendedoras oficiais, muita gente não conseguiu comprá-los, e não vai conseguir tão cedo.

O Brasil é um país onde ainda se fabrica aparelhos retrô com certa frequência. De maneira oficial ou não. A Tec Toy comercializa modelos “novos” do Mega Drive, por exemplo – o aparelho foi lançado em 1988 pela primeira vez e hoje é encontrado por cerca de R$ 400 nas principais lojas.

Há uma certa dicotomia quando se fala de videogames no Brasil. Não é um produto de primeira necessidade, mas só por isso devemos desconsiderar pessoas que não têm condições de comprar um? Assim nascem soluções, debates e ideias que podem ajudar o mercado – e ajudar o acesso de mais pessoas aos videogames, sejam eles novos ou antigos.

Sempre o dinheiro

Videogame nunca foi uma coisa barata. Em 1993, um Super Nintendo era vendido por CR$ 25 mil (cruzeiros reais) – hoje este valor equivale a mais de R$ 2,1 mil. Segundo o Caderno de Informática d’O Estado de São Paulo, o Nintendo 64 foi lançado no Brasil em 1997, por R$ 700 – na época o salário mínimo brasileiro era de R$ 120.

Reportagem com a chegada do Nintendo 64 ao Brasil (Imagem: Reprodução/O Estado de São Paulo)

Não parece existir uma solução prática para ter videogames baratos no Brasil. Mesmo lá fora os lançamentos não são produtos considerados baratos, por mais que o parâmetro de comparação seja totalmente outro.

Bruna Allemann, especialista em finanças e investimentos no Brasil e exterior, conversou comigo para falar sobre a relação que temos com o consumo deste tipo de produto por aqui – e também como é essa mesma relação para um norte-americano.

Nosso primeiro ponto da conversa foi justamente sobre o poder de compra de quem mora nos EUA. Lá o PS5 custa de US$ 400 a US$ 500, o que ou não ser um valor bem elevado para a maioria dos norte-americanos.

“Para eles um videogame de US$ 400 é relativamente caro. Diferente de um iPhone de US$ 600, pois com um iPhone ele tá pagando pelo plano de telefonia que ele vai usar, que ele gastaria mensalmente e para uso diário sem parar. Para um videogame de US$ 400 não tem isso. E lá não existe parcelamento, como no Brasil, eles têm que pagar esse valor à vista. Famílias de uma classe mais baixa gastam isso em dois ou três meses de mercado”, disse.

Então, sim, videogame é artigo de luxo mesmo para um estadunidense. Por mais que a média salarial lá seja bem maior que a daqui. “E nos EUA não existe um ‘salário mínimo’ como no Brasil. Há uma média de valores, mas diferencia de quem mora em Nova York e quem mora no Texas, por exemplo. O custo de vida em NY é muito maior e o poder de compra tem que ser mais alto. Nos últimos meses dá para estimar que uma média de salário nos EUA seja, em média, entre US$ 7,25 a US$ 12 por hora”, complementou.

Mas, mesmo sendo artigo de luxo na maioria dos lugares do mundo, especialmente no Brasil, um videogame novo deve ser exclusividade de uma classe mais alta da população?

Não necessariamente. Além de políticas de redução de preço, como redução ou eliminação de certos impostos, também é necessário pensar culturalmente. Uma pessoa de classe média ou baixa pode, e deve, juntar uma graninha todo mês para comprar um Xbox Series X, por exemplo, se assim desejar. Mas o cenário ainda é improvável por uma série de problemas, normalmente os tributos.

“É impossível vender o PS5 por R$ 1 mil no Brasil, por mais que apenas reduzam imposto. A questão é uma só: nossa moeda é muito desvalorizada. Tudo que é importado precisa ser convertido, com o dólar alto você não consegue chegar a um preço mínimo. E mesmo que o videogame custasse US$ 200, você não conseguiria vender por R$ 1 mil, por questões logísticas que vão além da estabilidade da nossa moeda”.

Bruna Allemann, especialista em finanças e investimentos no Brasil e exterior

Ela lembra ainda que alguns aparelhos já foram fabricados no Brasil, tanto pelo lado da Sony, quanto pelo lado da Microsoft, mas que isso não acontece mais. Ainda assim, mesmo se fosse o caso atualmente, as peças teriam impostos, o custo de venda para cada estado recebe um imposto diferente, e por aí vai.

“É uma cadeia de impostos. O produto já entra no Brasil com imposto de importação, com IPI, com conversão de moeda, com custos de seguro, ICMS de cada estado, logística e aí no final a margem de lucro de todo mundo envolvido. Para se ter uma ideia, em 2016 um carro que custava US$ 9 mil, com o dólar a R$ 2,60 no início do ano, chegou no Brasil por R$ 99 mil”, lembrou a economista.

PlayStation 5 (PS5)

PlayStation 5, mesmo nos EUA, é caro (Imagem: Charles Sims/Unsplash)

É por isso que uma mera redução do IPI, Imposto sobre Produtos Industrializados, não soluciona, nem começa a solucionar, o problema de preços inflacionados de eletrônicos e importados no país, por mais que seja apresentada carregada com alguma boa vontade. Uma solução, segundo Bruna, seria uma reforma tributária completa, acompanhada de educação financeira e mudança cultural.

“Temos que incentivar que nem sempre precisa ter o aparelho da última geração, por mais que ele seja atrativo. Você pode ter aquele que cabe no seu bolso, ou que atende sua necessidade. Educação financeira é algo muito bom para ser ensinado a crianças hoje, para lá na frente ela criar um hábito de consumo consciente, faz um diferencial muito grande”, finalizou.

E, bem, o que Bruna apontou condiz bastante com a realidade do mercado de videogames no Brasil, em especial o de usados. E é neste ponto que vou entrar agora.

Nem tudo está perdido

Frase de efeito batida, eu sei, mas nem tudo está perdido, de fato. Por mais que videogame seja algo caro no Brasil e no mundo, há iniciativas e alternativas para quem deseja consumir a mídia e jogar, de alguma forma.

Mesmo que envolva ter acesso a consoles mais antigos, a diversão ainda mora ali. A experiência de jogar um Yoshi’s Island pela primeira vez, por exemplo, pode ser mágica para um determinado tipo de jogador. É um game que envelheceu bem, tem um incrível charme e gráficos bonitos mesmo para os parâmetros atuais.

É muito fácil esquecermos que nem todo mundo começou a jogar na “Era do Atari”. Eu mesmo tenho 35 anos e comecei nesta época, passei por todas as gerações e tive contato com todos os consoles. Mas há jogadores e jogadoras nos seus 15 ou 20 anos, que já nasceram na época do PS2, Dreamcast, Xbox ou GameCube, por exemplo.

Por isso não é de todo o mal se, em plena era do PS5 ou Xbox Series X, uma pessoa queira comprar um Super Nintendo ou um PSOne para aproveitar o que aquele aparelho tem a oferecer. E aí que entram iniciativas que visam a preservação do mercado, memória e conservação de aparelhos antigos.

Uma delas é a Sociedade Histórica de Videogames do Brasil, ou SHVB, uma entidade sem fins lucrativos que tem como objetivos resgatar e preservar a memória dos videogames brasileiros. Sabe aquele “Phantom System”, que foi um clone nacional muito popular do Nintendinho, nos anos 90? Então.

A SHVB trabalha com preservação da história dos games no Brasil (Imagem: Reprodução/SHVB)

A SHVB trabalha com preservação da história dos games no Brasil (Imagem: Reprodução/SHVB)

A SHVB trabalha desde 2017, ativamente em busca de material para ser preservado, já que nem sempre aparelhos eletrônicos recebem o merecido tratamento. Por isso recebem, e publicam, doações ou compras de antiguidades, normalmente divulgadas em suas redes sociais.

Há iniciativas também que estão mais presentes no dia a dia, e plenamente acessíveis dentro de um shopping, por exemplo. É caso do Museu do Videogame Itinerante.

O retrogaming como consumo

Cleidson Lima joga desde os 6 anos de idade, começando com um Telejogo fabricado pela antiga Philco-Ford. Hoje, aos 48, é o diretor e um dos responsáveis pelo Museu do Videogame Itinerante, que tem como proposta visitar shoppings por todo o Brasil, para exibir videogames clássicos e modernos, com partidas livres para todo tipo de público.

Em 2015 e 2016, o projeto levou mais de 7 milhões de visitantes a shoppings e grandes exposições de todo o país. São consoles de todas as gerações, desde o primeiro videogame do mundo até os atuais. Além de conhecer raridades das últimas quatro décadas, os visitantes também podem jogar em dezenas de títulos que fizeram história.

Museu do Videogame Itinerante promove a história dos consoles em shoppings pelo Brasil (Imagem: Divulgação/Museu do Videogame Itinerante)

Museu do Videogame Itinerante promove a história dos consoles em shoppings pelo Brasil (Imagem: Divulgação/Museu do Videogame Itinerante)

O Museu nasceu da paixão de Cleidson como colecionador. Ele tem mais de 400 consoles, incluindo modelos repetidos, de reserva, e acho que seria uma boa ideia mostrar alguns deles pelo país. A iniciativa deu certo: antes da pandemia da COVID-19, o Museu do Videogame Itinerante tinha atividades por vários shoppings ao longo do ano, sem nunca parar.

“Mesmo com a pandemia, nenhum dos nossos contratos foi cancelado. É impossível realizarmos o Museu com os protocolos de segurança existentes, pois ele é interativo, não dá para ter isolamento. Por isso voltaremos apenas quando tudo isso passar, mas o projeto continua firme”, contou Cleidson Lima, ao Tecnoblog.

Graças ao Museu e à sua paixão, Cleidson é um adepto do “retrogaming”, termo dado ao colecionismo de consoles e jogos antigos, ou nem tão antigos assim. Aparelhos com 15 anos de lançamento, por exemplo, já podem entrar na categoria. Assim o retrogaming pode ser uma alternativa para quem quer continuar jogando videogame, mas não tem muito dinheiro para gastar, certo?

Não tão certo assim.

Segundo Cleidson, o colecionismo é uma mina de ouro e, em muitos casos, um console antigo chega a custar mais do que um PS5, por exemplo. “Um Divers 2000 CX-1, que é um Dreamcast que vem com monitor, hoje em dia custa de R$ 20 mil a R$ 25 mil. Só para referência, no eBay, nesse momento, tem um sendo vendido por R$ 23 mil, mas no Brasil ele pode ficar ainda mais caro”, disse.

O Divers 2000 CX-1, caríssimo e inacessível (Imagem: Reprodução/Vectrexer)

O Divers 2000 CX-1, caríssimo e inacessível (Imagem: Reprodução/Vectrexer)

“Quem tem isso são colecionadores chamados de ‘colecionadores premium’, que às vezes compra e nem joga, usa só como troféu para a coleção”, apontou Cleidson. “O jogador comum não vai para console deste tipo. Ele vai para um Super Nintendo, um Mega Drive mais barato. Esses você consegue achar por até R$ 150, se conseguir pesquisar direitinho”, complementou.

O maior problema, ainda segundo Cleidson, está no gargalo de jogos, originais ou não. “Um Super Mario 3 pirata é R$ 150, ou seja, o preço do aparelho. Felizmente hoje a gente tem uma cultura de cartuchos multijogos, que vêm com dezenas de games na memória, que abriram um pouco esse leque. Pra quem quer só jogar sem gastar muito, é uma ótima alternativa”, contou.

Para aparelhos mais recentes, o organizador do Museu também deixa a dica:

“Uma das melhores opções para retro gamers é o Wii. É um console barato, custa uns R$ 200 ou R$ 300, dependendo do estado. Outro é o PS2. E normalmente são sempre desbloqueados! É muito raro você encontrar, hoje, um PS2 com leitor de discos funcionando. Esses consoles ficam velhos, o equipamento ‘cansa’, então o que o pessoal faz é espetar um pendrive com jogos e aproveitar”.

De fato, os dois aparelhos não são mais fabricados por suas respectivas empresas. O PS2 foi oficialmente descontinuado em janeiro de 2013. O Wii no mesmo ano, mas em outubro. Por mais que a prática de modificar consoles possa esbarrar em barreiras legais, as empresas não oferecem nem mesmo suporte técnico e nem fabricam mais jogos – e seus modos online também não funcionam mais.

Cleidson também indica onde comprar:

“O Mercado Livre não é tão bom, apesar de poder ser usado, pois os preços lá estão inflacionados. Mas o OLX é legal, por ser mais ‘local’, o Marketplace do Facebook e do Instagram. Até em ‘feiras de rolo’, essas que acontecem nas ruas das cidades, fora da pandemia. Mas a melhor alternativa mesmo é na sua vizinhança. Os maiores tesouros do retrogaming estão nos armários das avós. A criança cresce, vira um adulto, casa e se muda da casa dos pais ou avós, os parentes guardam esses games antigos como lembrança da infância e não querem jogar fora, mas às vezes vendem barato. Dá muito certo você colocar avisos onde mora, dizendo que compra videogames usados!”.

Mas a acessibilidade a jogos, mesmo modernos, pode ir muito além de consoles antigos. Em celulares mais recentes é possível jogar games de graça, alguns muito badalados.

Mobile também é game!

Em pesquisa feita pelo site GamingScan, em fevereiro de 2020, o mercado mobile permaneceu na frente do de consoles e PC. Já analistas da Newzoo indicaram que os games de celular representam 38% do faturamento da indústria de games em 2020, com a possibilidade de alcançar 41% até 2022.

Jogos como Pokémon Go, Monster Strike, Candy Crush Saga, Mobile Legends e Free Fire divertem, e muito, públicos de todas as idades – e eles não devem ser menosprezados, por mais que “gamers hardcore” continuem se incomodando com as plataformas móveis, que supostamente “não são videogames”.

E jogar no celular é fácil. Alguns games rodam em aparelhos que custam menos de R$ 1 mil. Dependendo do jogo, é possível até mesmo jogar em um computador modesto, emulando o Android por meio do BlueStacks.

Pegando como exemplo um bem popular: muita gente torce o nariz para Free Fire, mas o game tem a enorme vantagem de ser acessível e leve. Está disponível de graça no iOS e Android e roda em praticamente qualquer celular mais modesto – para se ter uma ideia, ele requer o Android 4.1 para funcionar, enquanto estamos na versão 10 do sistema operacional, atualmente.

Garena / Free Fire / como resgatar códigos free fire

Free Fire é sucesso, acessível e praticamente democrático (Imagem: Divulgação/Garena)

Wellington Paulo dos Santos, o El Racha, foi um dos jovens que o Free Fire destacou no meio da multidão. El Racha tem 25 anos e morava em Alagoas. Veio para São Paulo com 18 para procurar trabalho e ajudar a família. Trabalhou em diversas empresas e, por seis meses, dirigiu Uber. Em 2018, sua vida mudou graças ao game.

El Racha começou a jogar Free Fire como diversão e sem pretensão de se tornar um astro. Com o tempo entrou para uma equipe profissional, fez amigos famosos e hoje tem um canal de streaming no NimoTV, com mais de 1 milhão de assinantes – além de milhões de seguidores nas redes sociais. Isso tudo em apenas dois anos.

“Eu jogava em lan house, sabe? Jogava Counter-Strike com os moleques, depois tive um PS2, mas meu primeiro videogame foi um PolyStation, com 10 anos de idade”, contou El Racha, quando conversou comigo.

Para quem não sabe, o PolyStation foi um videogame muito conhecido no Brasil que virou meme por ser uma cópia do PlayStation, mas que rodava apenas jogos de Nintendinho. Supostamente foi feito para tentar “enganar” pais que compravam um videogame barato para os filhos, mas que não era um PlayStation e nem rodava jogos da Sony.

Ainda assim, é preciso pensar macro: da mesma forma que o PolyStation abriu as portas para El Racha praticar seu talento desde cedo, ele pode ter feito algo similar para outras pessoas que hoje se divertem ou jogam profissionalmente.

El Racha começou no PolyStation e hoje é streamer de Free Fire (Imagem: Divulgação/El Racha)

El Racha começou no PolyStation e hoje é streamer de Free Fire (Imagem: Divulgação/El Racha)

“Hoje eu transmito no mínimo 22 dias no mês no meu canal na Nimo. Consigo ajudar minha família com isso, ajudar minha sogra, que também trabalho comigo, pago um salário pra ela. O Free Fire foi o jogo que mudou a minha vida e espero alcançar mais ainda, ajudar mais pessoas”, complementou El Racha.

Foi também o Free Fire que lançou ao cenário nacional e internacional outros nomes bem conhecidos pelos gamers, como Nobru e Bruno Playhard que, aliás, são amigos de El Racha. “Já joguei com o Nobru! Mas ainda quero jogar com o Playhard”, disse.

Free Fire também está sempre no topo dos mais baixados nas lojas do iOS e Android. Além disso, segundo o site de análise de mercado SensorTower, só em novembro de 2020 ele somou 1 milhão de downloads, além de US$ 16 milhões em receita. Pense melhor na próxima vez que seu filho ou filha quiser treinar no game com intenção de, mais adiante, tentar carreira na área. É, definitivamente, uma opção.

Mais opções para todos

Então, sim, videogame é caro. Sim, nem sempre conseguimos ter o console mais novo de cada geração. E sim, uma simples redução de IPI ou de algum imposto sozinho do governo não vai resolver esta situação. Mas há opções.

O que nos resta, como jogadores, é correr atrás de alternativas. Quando um novo videogame é lançado, é comum que donos de antigos consoles vendam seus aparelhos para comprar o novo. E estes antigos vão para as mãos de alguém que ainda não os tinha.

Com a chegada do PS5, muita gente aproveitou que o PS4 ficaria mais em conta no mercado de usados e estreou na quarta geração da Sony. Há ainda outros projetos que vão além do Museu do Videogame, para quem quer jogar sem gastar muito.

Cito alguns:

  • BoJogá – O BoJogá é outro museu de jogos eletrônicos, que preserva a história de aparelhos e promove exibições e atividades. Manter contato é uma boa alternativa para quem quer conhecer mais do retrogaming no Brasil
  • Passa o Controle – Idealizado por Erick Santos, o Passa o Controle é um projeto social que tem como objetivo doar videogames antigos a quem não tem condições de comprar um. É possível se inscrever no site oficial para doar ou receber, seja para jogos, aparelhos de videogame ou os dois.
  • Troca Jogo – O Troca Jogo é uma rede social para quem comprar jogos em mídia física, cansa e quer trocar por algum outro, sem gastar nada. É possível se registrar de grátis, cadastrar seu catálogo de títulos de uma lista de desejos. O site faz o “match”, quando aparece uma oportunidade.
Passa o Controle, uma ótima ideia (Imagem: Divulgação/Passa o Controle)

Passa o Controle, uma ótima ideia (Imagem: Divulgação/Passa o Controle)

Isso sem falar em alternativas e eventos que ocorrem por todo o Brasil, quando não houver mais pandemia. A própria Brasil Game Show, apesar de ser um evento pago e caro, é um mar de games de todos os tipos para o público aproveitar. Já o Big Festival costuma ser de graça, ou ter um ingresso módico como entrada, com várias estação de jogos independentes – muitos brasileiros – para quem quiser conhecer e jogar.

Claro, além de tudo que foi discutido na reportagem, como jogos de celular, o apelo aos esports e o retrogaming em geral. Videogame novo vai continuar sendo caro em todo o mundo, mas a gente pode testar alternativas. Apesar de não ser um caminho milagroso como costumam “vender”, cobrar do governo por preços mais em conta é sempre uma boa ideia, e isso em relação a qualquer governo, por mais que os resultados nem sempre sejam satisfatórios.

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