Já imaginou se a interface do WhatsApp tivesse anúncios, assim como é no Messenger? Segundo o Wall Street Journal, o Facebook tinha um plano para fazer exatamente isso, mas desistiu. O aplicativo ainda vai receber propagandas em 2020, mas só dentro dos Status — equivalente aos Stories do Instagram.

O WSJ afirma que o WhatsApp desfez uma equipe criada para encontrar as melhores formas de integrar anúncios ao aplicativo. Ela chegou a acrescentar mudanças ao código, que já foram removidas com o fim do projeto.

De acordo com o jornal, esse plano do Facebook foi um dos motivos que levaram os cofundadores do WhatsApp, Brian Acton e Jan Koum, a deixarem a empresa entre 2017 e 2018. Segundo o Washington Post, Koum também discordou de executivos que queriam enfraquecer a criptografia para facilitar o uso do WhatsApp Business.

Não há muitos detalhes sobre como essas propagandas seriam exibidas no WhatsApp, mas o Messenger pode dar uma ideia. Há alguns anos, o mensageiro do Facebook passou a exibir anúncios estáticos e em vídeo entre as conversas; eles aparecem somente na tela inicial do aplicativo, nunca dentro de um bate-papo.

Facebook Messenger

Anúncio do Tidal no Messenger em 2018

WhatsApp Status terá anúncios em 2020

Vale notar que o WhatsApp terá, sim, anúncios em algum momento de 2020. No entanto, eles ficarão restritos aos Status, como o Facebook havia anunciado. “A empresa planeja introduzir anúncios em seu recurso Status”, diz o WSJ.

As propagandas no WhatsApp Status devem funcionar de maneira semelhante ao Instagram Stories: você visualiza as fotos e vídeos de seus contatos e, em algum momento, é interrompido por um anúncio inserido no aplicativo. Ele deve ter o mesmo formato em tela cheia e um link para visitar a loja, ou para conversar com a empresa direto no app.

Anúncios no WhatsApp Status

Anúncios no Facebook e Instagram que levam ao WhatsApp, e propaganda em tela cheia no WhatsApp Status

Por enquanto, segundo o WSJ, o WhatsApp está focado em oferecer recursos para que as empresas se comuniquem com os clientes. Isso é feito através do WhatsApp Business: por exemplo, o app agora permite criar um catálogo de produtos, como sabores de pizza vendidos em uma pizzaria.

O WhatsApp foi adquirido pelo Facebook em 2014 por um total de US$ 22 bilhões. Na época, o blog oficial do aplicativo dizia: “você pode continuar a contar com um serviço sem nenhum tipo propaganda interrompendo a sua comunicação”.

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