PS4 terá edição limitada “camuflada” de Call of Duty: WWII
Depois de longos anos seguindo a tão questionada temática futurista, a franquia Call of Duty finalmente volta às suas raízes históricas. World War II traz uma campanha consistente, um modo multiplayer mais cadenciado e expandido em personalização e, é claro, a clássica modalidade zumbi com mortos-vivos na Segunda Guerra.
Posso, sem armas, revoltar-me?
Sem grandes novidades, a campanha do novo Call of Duty segue a mesma estrutura dos jogos anteriores. A história é dividida em capítulos e começa com o soldado norte-americano Ronald “Red” Daniels na batalha da Normandia, no Dia D. O objetivo do protagonista e sua equipe é justamente reverter a propagação alemã que assolou a Europa.
A dinâmica da campanha mantém a tradicional estrutura linear: elimine todos os inimigos da tela para avançar. A participação especial da vez é a presença do ator Josh Duhamel (que interpreta o Major William Lennox nos filmes da franquia Transformers) no papel do sargento William Pierson.
Apesar de contar com os clichês típicos da série, há níveis cinematográficos incríveis que conseguem imergir o jogador no clima sangrento da Segunda Guerra. O enredo também procura explorar de forma inteligente a relação de amizade entre soldados no campo de batalha, o que torna tudo mais interessante e emotivo.
Outro ponto do modo campanha que merece ser ressaltado é a dublagem em português brasileiro. O trabalho de voz está caprichadíssimo e é, sem dúvidas, um dos melhores já vistos em jogos localizados ao nosso idioma.
No ritmo perfeito
World War II preserva a jogabilidade que caracteriza Call of Duty, mas aposta em um ritmo cadenciado e realista, algo mais “pé no chão”. O personagem não tem tanta velocidade para percorrer os cenários e ainda precisa poupar fôlego na corrida para não ficar em desvantagem diante dos inimigos. Além disso, é preciso consumir kits de sobrevivência durante os confrontos para recuperar o medidor de vida.
Ao mesmo tempo em que as mecânicas estão acessíveis a novos jogadores, fãs de longa data devem se sentir em casa – mesmo com as pequenas mudanças. Felizmente, Call of Duty continua com um gameplay sólido, amigável e com foco total em diversão.
Zumbis nazistas
Como de praxe, o modo zumbi é voltado à experiência cooperativa de até quatro jogadores, embora seja possível jogar sozinho – o que deixa a modalidade, naturalmente, mais difícil. O game conduz o jogador à cidade de Mittelburg, onde há experimentos obscuros envolvendo o exército nazista.
Logo de cara dá para perceber que o modo não é tão complexo como nos jogos anteriores. É claro que há diversos segredos a serem descobertos pelo mapa, mas a proposta já começa muito bem explicada em um prólogo.
Aqui, o objetivo é acumular trancos – a moeda utilizada para desbloquear armas – para progredir a novas áreas. No decorrer da aventura, é possível obter equipamentos e habilidades especiais para dizimar hordas de zumbis. O mapa, por sua vez, é grande, aberto e oferece muitas possibilidades de ação à equipe.
Apesar de entregar somente um mapa jogável – posteriormente novos conteúdos serão adicionados por meio de DLCs -, a modalidade é uma grande adição ao pacote de World War II, sendo extremamente divertido ao lado de amigos.
Multiplayer mais afiado do que nunca
O modo multiplayer é exatamente aquilo que todos nós esperávamos: mapas projetados ao cenário competitivo e sistema de progressão viciante – e ainda uma área social no melhor estilo Destiny para renovar a estrutura online. Em outras palavras, esta é a modalidade que certamente vai consumir a sua vida pelos próximos meses.
Há nove modos disponíveis entre os clássicos Mata-Mata em Equipe, Baixa Confirmada, Dominação e Localizar e Destruir e Destruir. A novidade é o “Guerra”, no qual o objetivo é cumprir determinadas tarefas em equipe dentro de uma estrutura narrativa. O mais interessante é que não há limite de tempo e pontuação, ou seja, o time vencedor é aquele que consegue cumprir a missão primeiro.
Outro atrativo é a área social que funciona como uma sala de espera. Antes de entrar em uma partida, o jogador pode realizar atividades básicas no lobby, como comprar caixas de itens, personalizar o visual do soldado, o cartão de visitas, modificar perks e armas, entre outros.
Como era de se esperar, o arsenal de armamento está amplamente variado. Entre as novidades, agora é permitido usar um lança-chamas para fritar vários inimigos de uma só vez, o mesmo equipamento usado por fuzileiros norte-americanos durante a Segunda Guerra.
Para completar, há contratos e ordens diárias que concedem recompensas generosas ao jogador. Converse com os generais da base, pegue contratos simples e cumpra objetivos para acumular experiência e conseguir itens e skins épicas. Em geral, os serviços são simples e fáceis de serem executados, como obter 100 baixas em qualquer modo ou eliminar 15 rivais com um fuzil.
Mantendo o alto nível
O visual de Call of Duty: World War II se assemelha bastante ao de Infinite Warfare e Advanced Warfare. Os avanços gráficos e técnicos são mínimos, porém o alto nível estético continua inquestionável – afinal, trata-se de um AAA com elevado valor de produção -, com cenários de extremo bom gosto e efeitos caprichados de iluminação.
O novo game da Sledgehammer realmente se destaca na parte sonora, com efeitos incrivelmente realistas de armas da época. É impressionante o empenho do estúdio em tentar resgatar os detalhes da guerra monumental.
Conclusão
World War II consegue proporcionar uma experiência espetacular em todos os seus três modos ao aliar a boa e velha temática de Segunda Guerra com o clássico combate de Call of Duty. O título marca o retorno às origens e recoloca a franquia no caminho certo, ainda que sem grandes inovações.
Qual o melhor: Call of Duty: Infinite Warfare ou Battlefield 1? Comente no Fórum do TechTudo.