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O Bluetooth está ganhando uma atualização que o tornará pronto para a internet das coisas: ele suportará redes mesh, o que aumentará significativamente a cobertura do sinal e permitirá que a tecnologia cubra áreas gigantes, até mesmo prédios inteiros.

Redes mesh são velhas conhecidas de quem trabalha na área. Normalmente, o Bluetooth funciona assim: uma fonte (como seu smartphone ou notebook) emite sinal para o receptor (como um fone de ouvido ou mouse). No Bluetooth Mesh, todos eles se comunicam uns com os outros e cada um pode repetir o sinal do outro.

Isso significa que, quanto mais dispositivos com Bluetooth Mesh estiverem na rede, maior será a cobertura. É o funcionamento perfeito para um cenário em que muitos dispositivos estão conectados simultaneamente — como o interruptor da lâmpada, o ar condicionado, a televisão e vários outros gadgets espalhados pela casa.

Algumas tecnologias de conectividade semelhantes já existiam, como o ZigBee, que é utilizado pelas lâmpadas Philips Hue, como lembra o CNET. As lâmpadas Hue se comunicam entre si, por isso, você não precisa de vários roteadores espalhados pelos cômodos para controlar a iluminação de uma casa. Mas o ZigBee não é tão onipresente quanto o Bluetooth, então é claro que a nova tecnologia é importante para o mercado.

O Bluetooth Mesh, segundo o consórcio Bluetooth SIG, “está preparado para acelerar mais ainda os beacons, a robótica, a automação industrial, o gerenciamento de energia, as aplicações de cidades inteligentes e outras soluções industriais de IoT e manufatura avançada”. Ele não exige atualização na versão da tecnologia — mesmo aparelhos com Bluetooth 4.0 ou 5.0 podem começar a funcionar dentro de uma rede mesh, como informa o The Verge.

A liberação do Bluetooth Mesh depende do fabricante do gadget. A expectativa é que os primeiros produtos já com a rede mesh ativada de fábrica cheguem ao mercado nos próximos seis meses.

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