O RiME é o novo jogo de aventura do estúdio Tequila Works disponível para PS4, Xbox One e PC (via Steam). Inspirado nos jogos de Fumito Ueda, como Ico, Shadow of the Colossus e The Last Guardian, o título é focado na resolução de quebra-cabeças e desafios pontuais de plataforma. Confira o review do TechTudo com os prós e contras do game.
Confira a análise de The Last Guardian
Uma joia poética
Os primeiros minutos de RiME são mais do que suficientes para revelar as principais influências do estúdio espanhol Tequila Works, que até então havia trabalhado somente no jogo de plataforma e sobrevivência Deadlight. A atmosfera de desolação, característica dos jogos de Fumito Ueda, está presente desde o início.
Sem qualquer tipo de introdução, o jogador assume o papel do jovem protagonista que acorda em uma ilha misteriosa após uma chuva torrencial. O pequeno herói desperta na beira da praia e, a partir daí, passa a explorar o local livremente em busca de respostas.
A premissa de RiME é simples e direta: trata-se de um jogo de exploração conduzido por quebra-cabeças reveladores. Não há um sistema de combate, somente puzzles básicos, desafios de plataforma e amplos ambientes com segredos a serem descobertos.
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Desafios bem projetados, mas sem recompensa
Os desafios se resumem a encontrar determinados itens para abrir portas, posicionar objetos em ângulos corretos e girar alavancas para mover peças maiores. Apesar de serem bem construídos, os enigmas são simples e, às vezes, pouco originais. Para facilitar ainda mais, o menino é acompanhado de uma pequena raposa que serve como guia.
De fato, você dificilmente ficará preso a um obstáculo sem saber o que fazer. A facilidade em resolver problemas lógicos pode desagradar, com o tempo, o jogador que busca puzzles recompensadores.
Embora não tenha uma narrativa estruturada, RiME oferece uma história interessante de se acompanhar, contada por meio de símbolos nas paredes – com estética semelhante às pinturas egípcias. Nenhuma informação é fornecida de graça, portanto cabe ao jogador correr atrás para descobrir o que aconteceu.
Por se tratar de um jogo de mundo aberto, o personagem está livre para desbravar o mundo no ritmo que bem entender. A ilha esconde muitos segredos da história, além de dezenas de objetos colecionáveis posicionados em pontos estratégicos do local. Coletar todos os itens, inclusive, é uma tarefa árdua capaz de prolongar consideravelmente a duração da campanha.
Além de quebra-cabeças, há diversos desafios de plataforma que também são fáceis de serem resolvidos. Por não ter o controle tão preciso, com alguns problemas de movimentação e fluidez, é natural que o jogo não exija precisão absoluta na hora de superar obstáculos.
Visual deslumbrante
A parte visual de RiME é simplesmente fantástica, sendo o ponto mais alto do jogo. Com uma direção de arte minuciosa, a ilha decorada com muitos detalhes chega a lembrar o mundo concebido em The Legend of Zelda: Breath of the Wild, mas com um toque de clima mediterrâneo.
A imersão é gigantesca, especialmente quando a beleza dos cenários é conduzida pela trilha sonora primorosa, daquelas que fazem as melodias grudarem na cabeça. Não há como negar que a parte sonora contribui bastante para engrandecer o jogo.
Conclusão
A jornada de RiME é um verdadeiro exercício de interpretação. Ainda que não tenha o grau de profundidade de suas inspirações e cometa sua dose de deslizes em gameplay, o título rende bons momentos e entrega uma atmosfera misteriosa e imersiva.
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