Você tinha esperança de encontrar a Microsoft Band à venda de forma oficial no Brasil ou esperava comprá-la em uma viagem para os Estados Unidos? Se a resposta for positiva, lamento te desapontar: depois de duas versões, a Microsoft decidiu descontinuar o dispositivo.

A pulseira inteligente da companhia apareceu em 2014 como uma ótima surpresa para quem já fazia exercícios e, principalmente, para aqueles que precisavam de um pequeno incentivo para sair do sofá. O dispositivo conta passos, verifica batimentos cardíacos, mede distâncias percorridas, estima as calorias gastas, entre várias outras funções.

Em outubro de 2015, o que era bom ficou melhor: a nova versão da Microsoft Band chegou ao mercado trazendo ajustes ergonômicos, tela curvada mais resistente a riscos, integração ampla com a assistente Cortana e novas funcionalidades.

 

De modo geral, ambas as versões receberam críticas positivas por conta da quantidade de sensores, o que gerou anseios pela Microsoft Band 3. Mas, nos últimos dias, surgiram sinais de que essa versão não veria a luz do dia. Na segunda-feira (3) veio a confirmação: “vendemos todo o estoque da Band 2 e não temos planos de disponibilizar outra versão do dispositivo neste ano”, disse um porta-voz da empresa ao ZDNet.

Não é blefe. Além de a Band 2 ter sido removida da Microsoft Store (só é possível encontrar a pulseira em algumas poucas lojas), o kit de desenvolvimento (SDK) não está mais disponível, sem contar as informações de que a equipe responsável pelo dispositivo teria sido desmanchada.

O que houve de errado? As razões não ficaram claras. Uma suspeita é a de que a linha simplesmente não tenha conseguido encontrar um lugar confortável no mercado. Apesar de bem avaliada, a Microsoft Band oferece menos que um smartwatch, mas sempre foi mais cara que a maioria das outras pulseiras disponíveis no mercado.

Talvez a impressão de que o dispositivo ainda não estava pronto também tenha contribuído. A Microsoft Band 2 apareceu como uma evolução notável, mas muita gente reclamou de desconforto (mesmo com as melhorias na ergonomia), por exemplo.

Microsoft Band 2

Microsoft Band 2

Fato é que, assim como tantos outros projetos, a linha Band ganhou espaço na Microsoft depois que Satya Nadella assumiu as rédeas da companhia e a deixou com mais abertura para a inovação. Mas tudo tem limite. A empresa vem passando os últimos meses fazendo ajustes internos que têm levado, por exemplo, ao abandono progressivo da linha Lumia (que deve ser descontinuada até o fim do ano). As pulseiras Band provavelmente seguiram pelo mesmo caminho.

Apesar disso, a companhia afirma que não abandonou a área de saúde e bem-estar. Pode até ser que a linha volte no próximo ano ou que outro dispositivo ocupe o seu lugar. Por ora, a empresa ressalta que a divisão Microsoft Health continua funcionando, só que agora ficará focada na integração com as plataformas iOS, Android e, claro, Windows.

Faz sentido. É possível que Microsoft tenha apostado na linha Band com o objetivo de coletar informações que a permitissem aumentar a sua base de conhecimento na área da saúde. Mas, para isso, é necessário um número realmente grande de usuários. Com a integração com outras plataformas, talvez a companhia finalmente consiga alcançar essa meta.

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