O Google anunciou nesta sexta-feira (20) que a edição para desenvolvedores do Ara será liberada ainda este ano. O projeto de smartphone modular, criado na época da Motorola, há quase três anos, estava meio sumido, mas continua sendo desenvolvido pela divisão de tecnologias avançadas do Google (ATAP) e deve ser lançado no mercado em 2017, permitindo que você monte um aparelho sob medida.
Houve algumas mudanças em relação ao projeto original: não será possível fazer upgrade individual do processador ou memória, por exemplo, já que o Google decidiu colocar os componentes internos na base, em vez de deixá-los como módulos. Mas a essência continua: você poderá trocar sua câmera por uma melhor, instalar um microfone profissional ou conectar uma bateria de maior capacidade, por exemplo.
O vídeo mais recente do Ara mostra alguns exemplos de uso:
As imagens mostram pessoas instalando uma segunda tela na traseira para mostrar informações rápidas; um microfone de qualidade para gravar música; lentes de distâncias focais diferentes; e alto-falantes mais potentes. Você poderia até mesmo trocar a tela do smartphone por uma e-ink, como a do Kindle, para ler no avião de maneira confortável (uia!).
De acordo com a Wired, cerca de 30 funcionários do Google estão utilizando o Ara como smartphone principal. Na versão atual do protótipo, é possível instalar um módulo de câmera com o smartphone ligado e já começar a fotografar, sem necessidade de reiniciar o aparelho. Para remover um módulo, basta entrar nas configurações, tocar num botão e desconectar o componente. Simples assim.
Ainda não há muitos detalhes da versão do Ara para usuários finais. O protótipo que será liberado aos desenvolvedores possui tela de 5,3 polegadas e será um topo de linha. Ele terá espaço para seis módulos, que se conectam à base utilizando o padrão UniPro e poderão transferir, cada um, 11,9 gigabits de dados por segundo, o que é suficiente para basicamente qualquer coisa.
Segundo o Google, empresas como Samsung, Panasonic, Sony, Toshiba, E Ink e TDK já estão trabalhando em módulos para o Ara. O Google vai incentivar os desenvolvedores independentes e outras empresas a criarem novas funcionalidades para o projeto — aliás, se você tiver alguma ideia, pode se inscrever para receber uma unidade de testes do Ara.