Está se tornando comum vermos grandes empresas investindo no mercado de drones, como o Facebook e a Qualcomm. Também não é estranho se deparar com algumas apostando fortemente na realidade aumentada como uma grande peça para o futuro da tecnologia (vide a Microsoft com a HoloLens). Os membros de uma startup na Califórnia decidiram se perguntar: e se juntarmos os dois? Foi aí que nasceu o FLYBi.
A principal função do dispositivo é, antes de tudo, ser um drone eficiente, automatizado, com uma mochila diferente e um controle remoto fora do comum. A realidade virtual vem como algo à parte, como se fosse mais um atrativo para você querer mergulhar na visão de seu dispositivo.
Como um drone normal, o FLYBi tem uma câmera com sensor de 12 megapixels que grava vídeos na resolução Full HD a 30 fps e em 720p a 60 quadros por segundo. Caso essas especificações não sejam suficientes pra você, o FLYBi ainda suporta peso adicional de até cerca de 680 gramas, o equivalente a uma câmera comum ou DSLR bem leve.
Essa câmera embutida do dispositivo fica em um suporte que possibilita seu movimento, uma função que também é útil para o óculos VR: quando você está no modo de realidade aumentada, a câmera segue os movimentos da sua cabeça para movimentar a imagem, limitados em 55º para cada direção.
Para maximizar o investimento no dispositivo, o FLYBi tem sistemas de segurança que não deixam o seu drone quebrar. Há sensores de desvio e mecanismos de propulsão para proteger o dispositivo de bater em uma árvore, por exemplo. Caso esteja chovendo ou o FLYBi caia em uma poça de água, por exemplo, não tem problema: o dispositivo é à prova d’água.
Como outros diferenciais, o FLYBi possui uma série de acessórios para melhorar a experiência de usuário com o dispositivo. Um deles, é claro, são os óculos de realidade virtual com esse formato maluco mostrado acima. A tela dos óculos inclui dois displays com painel LCD e resolução HD e eles podem ser ativados enquanto o drone está em voo.
Outro acessório é um não tão simples wearable, que você coloca no pulso para controlar o drone. Embora ele só esteja disponível em um pacote mais caro, pode ser uma opção mais completa em vez de coordenar o FLYBi pelo aplicativo de celular.
O quase-relógio é composto de um controle analógico para mover o drone; ao redor dele, há dois anéis para controlar a altura e a rotação do dispositivo. Uma tela de 1,8 polegada também foi anexada no wearable, assim como botões de decolagem, foto, vídeo e retorno para a base. Ele é à prova d’água.
Essa base mencionada há pouco é o terceiro acessório do FLYBi. Também conhecida como Helideck, ela serve como mochila e carregamento do dispositivo. Caso a bateria do FLYBi acabe, o drone é programado para voltar para essa base e garantir que você não perca o controle.
A Helideck tem sistema de carregamento rápido, mostrado acima, que troca a bateria do FLYBi automaticamente e faz a decolagem de forma automática. Dentro dela há uma bateria maior, que carrega as baterias menores e serve como bateria externa para outros dispositivos.
Por fim, o sinal de controle do FLYBi é limitado a uma distância de mais de 3 quilômetros. O vídeo fica limitado a pouco menos de 2 km se for controlado pelo pulso e apenas a 600 metros se a transmissão for pelo celular. Assista ao vídeo abaixo para entender como todos esses recursos funcionam quando combinados:
Qual é o preço de tudo isso? Depende do que você quiser comprar, uma vez que quase todos os itens são vendidos separadamente ou em pacotes. O preço base do FLYBi é de US$ 595 mais frete, enquanto o pacote completo (com todos os acessórios e as duas baterias extra) chega a US$ 1,7 mil. Também há a opção de combinar os apetrechos, como o drone com o controle remoto, por US$ 795 e o drone com os óculos VR, por US$ 945.
Se você ficou interessado, a campanha está disponível para financiamento no IndieGoGo. Caso tudo dê certo, a produção começa em fevereiro de 2016 e a entrega dos drones está estimada para julho do ano que vem. Apesar de já ter arrecadado 52% do objetivo de US$ 35 mil, a campanha está no modo de financiamento flexível, ou seja, mesmo que o projeto não atinja a quantia desejada, o dinheiro será destinado à empresa.
Por que é legal? Bom, é um drone que pode ser usado com um wearable diferente e óculos de realidade virtual. A experiência de uso, seja de cunho profissional ou pessoal, deve ser muito interessante. Quem não gostaria de ter a visão de um pássaro usando um drone?
Por que é inovador? Porque ele combina duas tecnologias que são tendência no mundo tech de hoje. O melhor que um drone pode oferecer com alguns benefícios dos óculos de realidade aumentada. Como drone, o FLYBi também tem muitos recursos interessantes, como a base totalmente automatizada.
Por que é vanguarda? Porque seus acessórios são um pouco diferentes do que há no mercado corporativo de hoje. A maioria dos drones vem com um controle remoto padrão, e não com um wearable inspirado em um filme de ficção científica. A base é uma ideia interessante para evitar que o drone seja danificado quando a bateria acabar.
Vale o investimento? Para uso profissional, talvez. Considerando que o preço base do FLYBi deve ultrapassar R$ 2 mil, poucas pessoas estão aptas a gastar essa quantia para se divertir. Caso você queira mapear uma área com óculos de VR ou ter um drone com tempo de voo mais longo que o comum, pode ser interessante ― ainda mais considerando que drones profissionais têm preço base de US$ 999 a US$ 1,2 mil.
Realidade aumentada e o futuro dos wearables
Vamos combinar que o FLYBi combina muitas tecnologias que ainda são pouco acessíveis por aqui. Seus principais acessórios, como os óculos de realidade aumentada e um controle que é encaixado no pulso, foram tema do Tecnocast 19.
Nele, conversamos sobre como essas novas tecnologias podem se adequar ao mercado, contamos a nossa experiência e damos um palpite sobre os dois temas. A realidade aumentada, como o que a Microsoft faz com o HoloLens, pode vingar? Como os wearables vão se adaptar ao mercado? O botão de play fica logo abaixo!