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Após uma série de ações judiciais e críticas por causa do modelo ‘freemium’ de jogos distribuídos pela AppStore, a Apple descartou o termo ‘Grátis’ em sua loja online.

Os botões que ativam o download de um aplicativo que não cobra nada para ser baixado agora trazem a palavra ‘Obter’.

Apesar de a empresa não ter justificado suas ações, a medida parece ter sido causada pelo fenômeno que especialistas têm descrito como “a desvalorização do grátis”.

“A popularidade do modelo ‘freemium’ atingiu uma espécie de limite”, disse o CEO da firma de pesquisa de mercado SuperData, Joost van Dreunen, durante uma conferência realizada em Toronto na semana passada. “Algumas pessoas não querem mais lidar com anúncios dentro de seus aplicativos. Elas estão preferindo o modelo pago”.

Críticas

Nos últimos anos, comissões reguladoras de direitos do consumidor como a americana FTC (Federal Trade Comission) e a britânica OFT (Office of Fair Trading) têm levantado várias críticas a empresas como Apple e Google pela distribuição de aplicativos que oferecem compras opcionais como sendo ‘gratuitos’.

No começo de 2014, Google e Apple tiveram que concordar a reembolsar um total de US$ 51,5 milhões para pais que sentiram-se lesados por compras feitas sem autorização por seus filhos em aplicativos de celulares e tablets.

“Pegue ‘Minecraft’. Você paga US$ 6 por ele, e tem a experiência inteira. Isso funciona bem tanto para as crianças quanto para os pais, e algumas empresas já perceberam isso”, explicou Joost van Dreunen.

“Algumas plataformas já começaram a dizer, ‘Não queremos que as pessoas façam anúncios incentivando gastos para crianças pequenas’. Porque isso é praticamente antiético”.

Assim como a Apple fez agora, o Google já tinha removido o uso da palavra ‘Grátis’ da loja Google Play no primeiro semestre.

 

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