Depois de mostrar como seria um mundo em que o Terceiro Reich ganhou a Segunda Guerra Mundial, a Machine Games, em parceria com a Bethesda, volta com o herói BJ Blazkovicz em outra missão contra nazistas em Wolfenstein 2: The New Colossus, disponível para Switch, PS4, Xbox One e PC. Será que mais uma vez temos um game divertido e pesado para jogar ou o tema parece um tanto sensível nos dias de hoje para ser abordado dessa maneira? Descubra na análise a seguir.

Confira o review completo de Wolfenstein: The New Order

Um homem correndo contra o tempo

Wolfenstein: The New Colossus começa momentos após The New Order, com o herói BJ Blazkovicz perto de morrer, gravemente ferido. Após meses se recuperando, um novo ataque coloca Blazkovicz de volta à ação, ainda em uma cadeira de rodas.

Wolfenstein: The New Colossus não economiza nos inimigos gigantescos para você enfrentar (Foto: Divulgação/Bethesda)

Esses primeiros momentos do jogo acabam por criar um clima que segue ao longo do gameplay, que é o de vulnerabilidade. Se em The New Order, Blazkovicz era uma verdadeira arma de moer nazista na bala, em The New Colossus, vemos um herói ofegante, sabendo que está agindo com um tempo contado, apenas tentando conseguir alguma coisa antes de deixar tudo para trás.

Isso dá um peso muito maior ao jeito que se joga, assim como reflete no próprio gameplay. Para se movimentar, o protagonista precisa usar a armadura vista no título anterior, o que o deixa mais rápido e letal, mas que também apresenta um dos maiores desafios. Caso você esteja acostumado com outros games de tiro em primeira pessoa, ao receber dano, é possível notar na maneira como o personagem se move e outros elementos da tela que ele está prestes a morrer.

Em The New Colossus, apesar de ter um indicador de vida, Blazkovicz é uma esponja de tiros, quase nunca demonstrando que está morrendo. Isso pode ser explicado pelo uso da armadura, mas acaba se tornando um dos grandes desafios no começo, já que é preciso se adaptar rápido a isso, se quiser avançar.

Um jogo difícil, mas recompensador

Este é o tipo de jogo em que você vai morrer muito, mas não em um nível em que as coisas deixem de ser divertidas. Aqui, por causa da fragilidade do personagem principal, é muito comum encontrar um grupo grande de inimigos pela frente e cair por não ter cuidado na hora de enfrentá-los.

 Wolfenstein: The New Colossus (Foto: Divulgação/Bethesda)Wolfenstein: The New Colossus também não deixa de lado a violência absurda da guerra (Foto: Divulgação/Bethesda)

O game permite a chance de escolher a melhor maneira de enfrentar os perigos, seja agindo de maneira furtiva, eliminado generais que podem chamar mais soldados, ou enfrentando todo mundo como se fosse uma máquina de matar nazistas.

Após morrer algumas vezes, fica mais fácil bolar um plano para agir dentro das fases, algo que somente evolui, eventualmente. De certa forma, The New Colossus recompensa o jogador por todas essas mortes, treinando-o para que ele fique cada vez melhor por meio dos seus erros passados, em vez de tentar levá-lo pela mão.

Um jogo com temas, infelizmente, atuais

É quase impossível jogar Wolfenstein: The New Colossus sem traçar alguns paralelos com a realidade atual. Por ter uma trama em que heróis tentam liberar os Estados Unidos do nazismo, buscando tornar o país em uma forma de pontapé inicial de uma revolução mundial, o jogo acaba tornando-se relevante frente às várias manifestações que acontecem ao redor do mundo em favor do regime.

A parte boa é que The New Colossus, salvo alguns momentos em que pesa demais a mão em um patriotismo americano, trata isso de maneira direta, colocando os nazistas como os vilões que são, sem tentar explicar o inexplicável nas ações tomadas por eles.

 Wolfenstein: The New Colossus (Foto: Divulgação/Bethesda)Os EUA foram tomados pelos nazistas e é sua missão recuperar o país (Foto: Divulgação/Bethesda)

Para isso, atrocidades são mostradas e reveladas ao longo do game, algo que apenas dá mais combustível para que o herói principal crie um verdadeiro caminho de destruição quando encontra nazistas. Chega a ser uma experiência catártica em alguns momentos, eliminando, nem que seja virtualmente, esse tipo de mal.

Conclusão

No geral, Wolfenstein: The New Colossus é uma sequência digna do já excelente The New Order. A história se perde em alguns momentos, mas o gameplay e o desafio, além da experiência criada pela Machine Games torna o game um dos melhores lançamentos de 2017.

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