O bitcoin (BTC) passou por uma forte alta nesta segunda-feira (14), ultrapassando os US$ 40 mil pela primeira vez em quase um mês. A movimentação ocorreu após o CEO da Tesla, Elon Musk, realizar um comentário positivo sobre a criptomoeda no Twitter e sugerir que sua empresa de carros elétricos pode voltar a aceitar o ativo como pagamento.

Elon Musk, CEO da Tesla, volta a falar de bitcoin no Twitter (Imagem: Daniel Oberhaus/Flickr)

De acordo com o índice CoinDesk, hoje o bitcoin chegou a ser negociado por até US$ 41 mil, seu maior preço desde que todo o mercado de criptomoedas despencou na segunda metade de maio após a China anunciar nova proibições sobre transações e serviços com moedas digitais. Na ocasião, o ativo se desvalorizou em 30% em apenas 24 horas. Desde então, o bitcoin não havia ultrapassado novamente a faixa dos US$ 40 mil.

Musk foi ao Twitter responder a uma publicação do site de notícias sobre criptomoedas CoinTelegraph. Ele disse que a Tesla vendeu 10% de suas reservas do ativo digital para “confirmar que o BTC poderia ser liquidado rapidamente sem mover o mercado”. Essa notícia já havia repercutido no final de abril, quando a empresa de carros elétricos revelou em seu relatório financeiro trimestral que lucrou US$ 100 milhões com a criptomoeda.

Mas o que se destacou na mais recente fala de Musk sobre o bitcoin foi a sugestão de que a Tesla poderia voltar a aceitar o ativo como forma de pagamento por seus veículos se houver a constatação de que sua mineração está usando energia limpa em pelo menos metade de suas operações.

“Quando houver confirmação de uso razoável de energia limpa (~ 50%) por mineradores com tendência futura positiva, a Tesla voltará a permitir transações de Bitcoin”, disse Musk na tarde de domingo.

Tesla começou a investir em bitcoin em janeiro

A empresa de carros elétricos começou a aceitar a criptomoeda no final de março, pouco mais de um mês após a revelação que havia comprado US$ 1,5 bilhão em bitcoin em janeiro. Na época, a Tesla foi vista como o principal investidor institucional do ativo digital, o que legitimou a moeda como uma verdadeira opção de investimento para muitas outras companhias.

Porém, a empresa sofreu diversas críticas por defender o meio ambiente e o uso de energia limpa, mas apoiar uma criptomoeda tão poluente. Atualmente, um dos principais argumentos contrários ao ativo é de que sua mineração consome muita energia elétrica proveniente de usinas de carvão na China. Dessa maneira, sua alta pegada de carbono se tornou alvo de críticas do próprio Elon Musk.

“A criptomoeda é uma boa ideia em muitos aspectos e acreditamos que ela tem um futuro promissor, mas isso não pode ter um grande custo para o meio ambiente. A Tesla não venderá nenhum bitcoin e pretendemos usá-lo para transações assim que a mineração migrar para uma energia mais sustentável. Também estamos analisando outras criptomoedas que usam menos de 1% da energia por transação do bitcoin”, disse Musk no Twitter ao justificar a decisão da Tesla de não aceitar mais a moeda digital em meados de maio.

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