A inteligência artificial, ou simplesmente AI, pode ser definida como uma simulação da inteligência humana através de softwares, tendo como principal objetivo é o estudo e desenvolvimento de agentes inteligentes que seriam sistemas capazes de interpretar atividades e segundo essa percepção decidir de maneira autônoma que caminho seguir para atingir o objetivo desejado.

Poderíamos definir a inteligência artificial, então, como o conjunto de regras que permite que um sistema tome decisões por conta própria sem a intervenção humana. Nos jogos de tabuleiro, por exemplo, os sistemas seguem todos os seus movimentos, contudo a resposta não é uma resposta pré-programada, senão que são determinadas a partir do comportamento do jogador, em tempo real.

Falando mais dos jogos de tabuleiro, na suas formas mais simples, permitem que os personagens se movimentam em direções simples (esquerda, direita, subir, etc.), contudo para que uma ação efetiva se inicie os sistemas esperam que o jogador entre no campo de visão do personagem e dependendo do seu comportamento definam o que será feito, sendo, portanto uma resposta completamente variável e personalizada para cada tipo de jogada adotada pelo usuário.

Técnicas usadas pelos designer de jogos para implementar AI nos jogos

A primeira técnica que vamos analisar seriam os chamados Mecanismos de Regras Autônomas, ou seja, as regras do jogo utilizam alguns mecanismos autonomia que permitem que o jogo mudem e avance mesmo sem a intervenção do jogador, como por exemplo fazer com que um bot se movimente pelo mapa, mudança de objetivos ao longo da partida. Isso faz com a dinâmica seja absurdamente complexa porque a AI além de identificar a ação dos jogadores que conta com milhões de combinações tem que levar em consideração essas mudanças que o próprio jogo implementa à medida que avança.

Outra técnica utilizada é a ativação de pequenas sub-rotinas ou tarefas que podem, por exemplo, desencadear uma atividade, definir a movimentação ou ação de um bot e determinando como eles devem agir no período em que as essas cards estejam ativadas. Não é o objetivo principal do jogo, mas também aumenta a dinamicidade e possibilidades para o jogador e por sua vez torna ainda mais complexa a atuação e leitura de ações por parte da Inteligência Artificial que se utiliza no jogo.

Os próprios bots, ou dummy, são modalidades de AI, eles são jogadores fictícios, ou seja, que não estão controlados por uma jogador real, e que realizam ações quase aleatórias, algumas vezes resultando até mesmo na vitória dos bots sobre o jogador real. 

AI em jogos de tabuleiro

A Inteligência Artificial não é peça chave para um grande jogo de tabuleiro e algumas vezes nem é considerada, mas vários já tem implementado esse tipo de tecnologia para melhorar a experiência de seus usuários.

Esses jogos vão muito mais além do que determinar a atividade do bot em função do texto das cartas, por exemplo, atualmente existem jogos que determinam as atividades com base em uma rodada de cartas, que possui inúmeras combinações e também levam em consideração o comportamento do jogador humano, o mesmo nos jogos de guerra onde a ação do bot é determinada por uma combinação entre as cartas de um deck e a ação do jogador da vida real.

O fato é que a tecnologia vem mudando constantemente e se em 1997 o campeão mundial de xadrez, Garry Kasparov,perdeu em uma partida para um dispositivo com Inteligência artificial, quem sabe o que podemos esperar nos próximos anos. 

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