A AMD lançou os processadores Ryzen 3 nesta semana e, assim como fez com as linhas Ryzen 5 e Ryzen 7, forneceu unidades dos novos chips para que veículos especializados pudessem publicar reviews no dia do lançamento. Entre esses veículos estão Tom’s Hardware, AnandTech e PC Gamer. O que eles dizem das novidades?
Antes de sabermos, vale relembrar que, por ora, a linha Ryzen 3 é composta apenas por dois processadores:
- AMD Ryzen 3 1200: quatro núcleos, quatro threads, clock de 3,1 GHz (3,4 GHz em boost), cache L3 de 8 MB e TDP de 65 W;
- AMD Ryzen 3 1300X: quatro núcleos, quatro threads, clock de 3,5 GHz (3,7 GHz em boost), cache L3 de 8 MB e TDP de 65 W.
Ambos são chips mais acessíveis e chegam para disputar mercado com a linha Core i3, da Intel. Nos Estados Unidos, o Ryzen 3 1200 e o Ryzen 1300X custam, respectivamente, US$ 109 e US$ 129.
Vale ressaltar também que este post reúne os aspectos mais destacados pelos veículos. Convém ler a análise completa de cada um deles para ter explicações aprofundadas.
Tom’s Hardware: bom no overclock
O Tom’s Hardware vê como positivo o fato de a linha Ryzen 3 ter apenas dois representantes e, assim, não ser tão “fragmentada” (por enquanto, pelo menos) quanto a linha Core i3. Com isso, a AMD tratou logo de deixar os dois chips desbloqueados para overclocking.
Nesse quesito, o site frisou que o Wraith Stealth (cooler que acompanha os dois processadores) não tem dissipadores de cobre, por exemplo, mas é bem competente. Eles conseguiram fazer o Ryzen 3 1300X trabalhar com frequência de 3,9 GHz, e o Wraith Stealth pôde manter a temperatura em um patamar aceitável.
Há opções da Intel para overclocking, como o Core i3-7350K, mas ele é mais caro e exige uma placa-mãe com chipset Z270 para os devidos ajustes. Em contrapartida, os processadores Ryzen 3 podem passar por overclocks bem intensos mesmos em placas teoricamente mais acessíveis, como as que têm chipset B350.
Para o Tom’s Hardware, o grande trunfo da linha Ryzen 3 é o custo-benefício, inclusive em condições que costumam exigir mais gastos, como no overclock.
AnandTech: mandando bem no custo-benefício
Logo no início da análise, o AnandTech lembra que a AMD prometeu fazer a plataforma Zen ser adequada tanto para computadores de entrada quanto para servidores de alto desempenho.
Isso é difícil, mas parece que a companhia conseguiu. Os chips Ryzen 5 e Ryzen 7 já tinham convencido (embora não tenham sido perfeitos em todos os testes). Os Ryzen 3, por sua vez, tiveram resultados mais interessantes que seus antecessores e podem, sim, competir com a Intel.
Porém, isso depende muito das circunstâncias. Na relação custo-benefício, que compara o desempenho em multitarefa com o preço de cada chip, o Ryzen 3 1300X consegue ser mais interessante que o Core i3-7300, o Core i3-7320 e até o Core i5-7400. Este último teve mais performance, mas é cerca de US$ 50 mais caro. Assim, no custo por dólar, o Ryzen 3 1300X é mais vantajoso.
Já o Ryzen 3 1200 pode não ser tão atraente: no desempenho, ele ganha do Pentium G4560, mas é uns US$ 30 mais caro. Na comparação com o Core i3-7100, o Ryzen 3 1200 teve desempenho 8% superior no multithread, mas o chip da Intel é apenas US$ 10 mais caro.
PC Gamer: bom desempenho, mas um pouco atrás nos jogos
A PC Gamer afirma que, no desempenho geral, a linha Ryzen 3 consegue bater os concorrentes da Intel (especificamente, os processadores Core i3-7100 e Core i3-7350K). Mas, nos jogos mais exigentes, os chips da Intel levam vantagem. Só em um ou outro game é que os novos processadores da AMD foram melhores, como em Dishonored 2.
Mas a PC Gamer também explica que as diferenças são pequenas. Se novamente colocarmos o fator preço na comparação, os chips Ryzen 3 brigam em pé de igualdade ou mesmo superam os rivais da Intel.
Aqui, é importante destacar que a linha Ryzen 3 não tem GPU integrada. Para jogadores um pouco mais exigentes, esse aspecto não chega a ser problema, pois esse tipo de aplicação vai exigir uma placa de vídeo com algum poder de fogo. Na análise da PC Gamer, os processadores da AMD e da Intel foram testados com uma placa Nvidia GTX 1080 Ti.
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De modo geral, esses e outros testes ressaltam que os processadores Ryzen 3 trazem bom desempenho (inclusive em multitarefa), são fáceis de “overclockar”, têm bom controle de temperatura (com o Wraith Stealth) e apresentam resultados satisfatórios em quase todos os testes.
Se considerarmos toda a gama de lançamentos — os chips Ryzen 3, 5 e 7 —, a percepção do mercado é a de que a AMD está mesmo de volta, trazendo equilíbrio e uma competitividade que já é refletida nos preços mais atraentes.
Nenhuma linha, independente da marca, consegue ser perfeita em todos os aspectos. Mas o que importa é que, agora, voltamos a ter poder real de escolha.