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Artigo da redatora: Andreza Souza

Na sociedade atual, com o surgimento da internet, a vida social das pessoas parece ganhar novas dimensões – dimensões virtuais. As redes sociais são, sem dúvida, alguns dos serviços mais procurados na internet, praticamente invadindo o cotidiano das pessoas. Se antes o Facebook era a principal plataforma social da internet, hoje só está realmente “conectado” quem tem cadastro em pelo menos 3 redes sociais diferentes. Isso sem contar as redes sociais exclusivas de celulares e tabletes, ferramentas praticamente indispensáveis para os jovens de nossa geração.

Ao redor do globo, as redes sociais têm se mostrado uma poderosa ferramenta de transformação em variados aspectos – sociais, culturais e políticos – empoderando grupos que até há pouco tempo pareciam não ter voz. Graças às redes sociais, vimos movimentos explodirem em todos os continentes do planeta ao longo dos últimos 5 anos: a Primavera Árabe, no mundo islâmico (2010); o Occupy Wall Street, nos Estados Unidos (2011); o Movimento 15M, na Espanha (2011); e as manifestações de julho, no Brasil (2012), são apenas alguns exemplos.

Mas um movimento em especial ganhou as telas, sendo transformado em documentário. É o caso da Revolução Verde de 2009, um movimento iraniano que surgiu graças às redes sociais. A Revolução Verde foi um movimento de protesto contra a suposta fraude eleitoral que garantiu a reeleição do conservador Ahmadinejad. Indignados com o resultado das eleições, milhares de iranianos foram às ruas de Teerã com o mote “Cadê meu voto?” para questionar a legitimidade do novo governo. Esse movimento, tão sem precedentes na história da República Iraniana, levou o cinegrafista Ali Samadi Ahadi a produzir o longa “A Onda Verde”, documentário de 80 minutos que conta a história do movimento e dos milhares de bloggers, ativistas e protestantes que deram vida a ele.

tgw_azadehwindow-bydreamerjointventure2010_thumb De fato, se não fosse pelas redes sociais, talvez nem existisse uma Revolução Verde para ser contada. Talvez o maior símbolo do movimento seja o Twitter. Graças à rede social, os iranianos encontraram um meio para expor sua indignação contra as fraudulentas eleições e a situação política do país. Com o fortalecimento do movimento, protestantes passaram a publicar fotos, textos e vídeos em blogs, Twitter, Facebook e Youtube, relatando os acontecimentos políticos em tempo real e denunciando a forte repressão por parte do governo. Empoderada pelas redes sociais, a Revolução Verde foi um verdadeiro divisor de águas na sociedade iraniana, representando uma verdadeira esperança aos iranianos que já viviam há 30 anos sob a ditadura.

Foram as próprias redes sociais que transformaram “A Onda Verde” de Ali Samadi Ahadi numa realidade. Por causa da forte censura por parte do governo, Ahadi teve que recorrer a variadas fontes e meios para completar seu documentário. O filme alterna imagens da TV, da internet e de entrevistas com uma animação totalmente inspirada nos relatos publicados nos blogs dos ativistas. Sem esses blogs, grande parte da história da Revolução Verde não poderia ser contada.

O filme pode ser encontrado no site da Dreamer Joint Venture, produtora audiovisual responsável pela realização do documentário. No site, além da sinopse e do trailer, você ainda poderá encontrar curiosidades sobre o filme, imagens e um link assistir ao filme na íntegra. Assista ao trailer de “A Onda Verde”

Fonte: Net Combo Multi



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